Polícia Civil prende dona de agência de turismo por golpes envolvendo pacotes de viagem

Foto da mulher acusada de cometer os golpes.
Foto da acusada, ação mira esquema de pacotes cancelados sem ressarcimento. (Foto: PCGO)

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu, na última sexta-feira (18), a proprietária de uma agência de turismo em Aparecida de Goiânia, Lidiane Camilo, suspeita de cometer diversos crimes de estelionato. Ela é acusada de enganar clientes, incluindo uma brasileira residente em Londres, que perdeu aproximadamente R$ 40 mil em pacotes de viagem cancelados sem justificativa e sem o ressarcimento devido.

A ação foi conduzida pela 2ª Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia, pertencente à 2ª Delegacia Regional de Polícia (DRP). A prisão preventiva de Lidiane, bem como mandados de busca e apreensão, foram cumpridos após investigações revelarem que a empresária estava envolvida em uma série de fraudes relacionadas à venda de pacotes de viagem, prejudicando várias vítimas, tanto no Brasil quanto no exterior.

Entenda o caso

A investigação iniciou após uma denúncia de uma brasileira que mora em Londres. Ela havia comprado pacotes de viagem para o Brasil e também para o nordeste do país, com o objetivo de viajar com seu companheiro. O casal chegou ao Brasil, mas as demais passagens e um pacote de viagem para Natal, no Rio Grande do Norte, foram cancelados sem aviso prévio. A empresária, responsável pela venda, não justificou o cancelamento e tampouco devolveu o valor pago, que totalizava quase R$ 40 mil.

Preocupada e sem conseguir resposta da agência, a vítima entrou em contato com a Polícia Civil de Goiás, relatando o golpe. As investigações da polícia identificaram que Lidiane Camilo já havia aplicado o mesmo golpe em outras pessoas, utilizando o mesmo esquema de venda e cancelamento de pacotes turísticos. Além disso, a agência acumulava várias reclamações em órgãos de defesa do consumidor e registros em delegacias, todos relacionados ao mesmo tipo de crime.

Outras vítimas e crimes relacionados

Ao longo da investigação, a Polícia Civil identificou que o esquema criminoso ia além da venda de pacotes turísticos fraudulentos. A empresa também era alvo de reclamações por supostamente oferecer serviços relacionados à obtenção de Green Cards e outros tipos de assistência para viagens internacionais, que nunca foram realizados. Dessa forma, ficou comprovado o uso do mesmo modus operandi em diversos casos: Lidiane recebia o pagamento integral dos clientes, mas cancelava as passagens ou pacotes abruptamente e sem aviso, deixando as vítimas sem o dinheiro e sem os serviços contratados.

A delegada responsável pelo caso, com base nas evidências coletadas, representou pela prisão preventiva da empresária, visando garantir a ordem pública e evitar que mais pessoas fossem lesadas. A prisão foi decretada e, na sexta-feira, a empresária foi detida. Durante a operação, a Polícia Civil também cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da agência e na residência de Lidiane, onde foram recolhidos documentos e materiais que podem ajudar a identificar mais vítimas e a extensão dos golpes.

Consequências e investigações em andamento

A Polícia Civil continua as investigações para identificar o número total de vítimas e os valores envolvidos no golpe. Segundo a delegada responsável pelo caso, há fortes indícios de que o esquema operado por Lidiane Camilo possa ter causado um prejuízo milionário a diversas pessoas, dentro e fora do Brasil. “Esse tipo de crime abala não apenas a confiança dos clientes, mas também todo o mercado de turismo, principalmente em um momento de recuperação econômica. Nosso objetivo é punir os responsáveis e garantir que as vítimas recebam a devida reparação”, comentou a autoridade policial.

Além de responder pelo crime de estelionato, Lidiane poderá enfrentar acusações relacionadas à falsificação de documentos e lavagem de dinheiro, dependendo dos resultados das investigações em curso. A Polícia Civil está trabalhando para levantar mais informações sobre o destino dos valores recebidos pela empresária e se há outros envolvidos no esquema.

Alertas à população

Diante da repercussão do caso, as autoridades alertam para as pessoas ficarem atentas na hora de adquirir pacotes turísticos, principalmente de agências que operam via internet ou redes sociais, sem comprovação de credibilidade. A recomendação é verificar se a empresa é registrada em órgãos de fiscalização e, sempre que possível, consultar opiniões de outros clientes em sites confiáveis, além de verificar se há reclamações registradas no Procon ou em delegacias.

A PCGO orienta que qualquer pessoa que tenha sido vítima de golpes semelhantes entre em contato com a Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia para registrar ocorrência e contribuir com as investigações em andamento.

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