Polícia fecha clínica de estética clandestina dentro de galeria de roupas em Aparecida

Foto dos aparelhos apreendidos durante operação em clínica clandestina.
Operação da Polícia Civil revela irregularidades e riscos à saúde pública. (PCGO)

Uma clínica de estética clandestina, localizada em uma galeria de roupas em Aparecida de Goiânia, foi descoberta e fechada pela Polícia Civil de Goiás. A operação ocorreu nesta semana, após uma denúncia anônima, que levou a uma ação conjunta entre a 3ª Delegacia Distrital de Polícia de Aparecida de Goiânia e a Vigilância Sanitária. A proprietária do estabelecimento, uma mulher de 44 anos, foi presa em flagrante por operar o local sem alvará sanitário e sem um responsável técnico, requisitos fundamentais para a execução de procedimentos estéticos.

O local, que funcionava ilegalmente desde janeiro de 2023, estava completamente equipado com materiais para a realização de diversos tratamentos estéticos, como massagens, procedimentos faciais e corporais, e até injeções de toxina botulínica, popularmente conhecida como botox. Durante a inspeção, as autoridades encontraram produtos e equipamentos como agulhas descartáveis, máquinas de carboxiterapia e ultrassom de alta potência. A cena que os policiais encontraram evidenciava que o estabelecimento estava em plena operação, com agulhas recém-utilizadas, potes de cremes abertos, toalhas sujas e frascos de botox vazios.

A denúncia foi crucial para as autoridades descobrirem a clínica funcionando irregularmente em um espaço destinado ao comércio de roupas. A polícia revelou que a estrutura estava montada de forma a mascarar a prática ilegal, com clientes sendo atendidos na galeria sem que o estabelecimento estivesse regulamentado.

Procedimentos clandestinos e riscos à saúde

Além de funcionar sem alvará sanitário e sem um responsável técnico, o que já configura uma violação das normas de saúde, os procedimentos realizados no local traziam sérios riscos à saúde dos clientes. As agulhas e materiais cirúrgicos utilizados sem a devida esterilização e controle de qualidade representam uma grave ameaça de infecções, e a ausência de um profissional qualificado agrava ainda mais os perigos.

A toxina botulínica (botox) e outros produtos estéticos requerem manuseio especializado para garantir a segurança dos pacientes, algo que, evidentemente, não era respeitado na clínica clandestina. A Vigilância Sanitária alertou para o fato de que a aplicação inadequada desses produtos pode causar complicações severas, como deformações e problemas de saúde, incluindo alergias e infecções.

Prisão e autuação

A mulher de 44 anos, responsável pela clínica, foi detida e levada à delegacia, onde foi autuada por crimes relacionados à execução de serviços de alto grau de periculosidade e exercício ilegal da medicina. Segundo a Polícia Civil, ela pode enfrentar uma série de acusações, que incluem o risco à saúde pública, já que os procedimentos realizados sem controle de qualidade podem ter causado danos aos clientes.

A clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária, que também está investigando se houve a aplicação de procedimentos invasivos em outros clientes, além de identificar se mais envolvidos no esquema clandestino.

Repressão à prática ilegal

A ação realizada pela Polícia Civil e pela Vigilância Sanitária faz parte de um esforço contínuo para reprimir a prática de clínicas de estética clandestinas em Goiás. A demanda por procedimentos estéticos tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, o que tem levado ao surgimento de estabelecimentos ilegais que oferecem serviços sem os devidos cuidados e licenças.

“Operar sem alvará sanitário e sem profissionais qualificados é um risco muito grande à saúde pública. O papel da Vigilância Sanitária é justamente garantir que todos os estabelecimentos estejam de acordo com as normas, preservando a segurança dos consumidores”, afirmou um dos agentes que participou da operação.

O combate a esses locais tem sido intensificado, já que muitos deles oferecem preços reduzidos, atraindo clientes que, em muitos casos, desconhecem os riscos associados aos tratamentos clandestinos. A Polícia Civil incentiva que a população continue denunciando atividades suspeitas, já que as denúncias são uma ferramenta fundamental para a descoberta dessas irregularidades.

Desdobramentos e investigações

A investigação agora foca em identificar se outros estabelecimentos em situação semelhante estão operando de maneira irregular na região. A Vigilância Sanitária alerta que é essencial que os consumidores verifiquem se os locais onde pretendem realizar procedimentos estéticos possuem todas as autorizações necessárias e profissionais devidamente qualificados.

A mulher detida pode responder judicialmente por diversas violações, e a clínica será mantida fechada até que todas as investigações sejam concluídas. As autoridades também reforçam que é de extrema importância que todos os estabelecimentos sigam as normas sanitárias vigentes para garantir a segurança da população.

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