Pais protestam contra fim do período integral nos CMEIs em Aparecida

Crianças em sala de aula com uniformes da Prefeitura de Aparecida, realizando atividades enquanto a professora escreve no quadro branco.
Protestos marcam mudanças no período integral dos CMEIs, impactando famílias e gerando debates. (Foto: Arquivo Secom)

A decisão da prefeitura de Aparecida de Goiânia de reduzir o atendimento nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) ao meio período, afetando crianças de 4 e 5 anos, gerou forte reação entre pais e responsáveis. A medida, anunciada no final de 2024, está em vigor desde o início deste ano letivo. Para manifestar sua insatisfação, famílias realizaram um protesto na tarde de ontem, 8 de janeiro, em frente à Defensoria Pública do Estado de Goiás, localizada no Setor Araguaia.

Os organizadores esperam que a mobilização pressione a administração municipal a reconsiderar a decisão que exclui os agrupamentos IV e V do regime integral. Paralelamente ao protesto, as famílias ingressaram com uma Ação Civil Pública e reuniram mais de 1,5 mil assinaturas em um abaixo-assinado.

Impacto nas famílias

A mudança no período integral impacta especialmente as mães que trabalham fora e dependem do serviço para conciliar as rotinas profissionais e domésticas. Anna Júlia Reis, mãe de um estudante da rede municipal, afirmou que sem o atendimento integral terá que abandonar o emprego ou buscar alternativas inviáveis, como contratar babás. Ela descreveu a decisão da prefeitura como desonesta com as mães trabalhadoras.

Luciana Alves, que tem duas crianças matriculadas nos CMEIs, relatou que trabalha aos sábados e até em alguns domingos, impossibilitando buscar os filhos no horário estipulado. Ela teme que a situação leve ao aumento do desemprego entre mães que precisam do período integral para continuar no mercado de trabalho.

Nayara Santos Dutra, mãe de duas crianças, destacou que a mudança compromete seu orçamento familiar, já que será necessário contratar alguém para cuidar dos filhos fora do horário de funcionamento das creches. Além disso, criticou a falta de planejamento da administração municipal, que avisou os responsáveis com pouca antecedência, dificultando a adaptação às novas regras.

Justificativas da prefeitura

A administração municipal explicou que a medida busca enfrentar o déficit de vagas na educação infantil, que chega a 9 mil crianças. Em nota, a prefeitura afirmou que a decisão foi tomada com a equipe de transição e visa ampliar a capacidade de atendimento por meio de estratégias como a construção de novas unidades, ampliação das já existentes e a implementação do vale-creche.

A prefeitura ressaltou que a situação financeira do município, herdada da gestão anterior, limitou as possibilidades de manter o atendimento integral. A nota também reforçou o compromisso em zerar o déficit de vagas na educação infantil, garantindo que a reorganização é necessária para atender mais crianças com os recursos disponíveis.

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