Paciente processa Hospital de Aparecida de Goiânia por erro médico

Foto de uma pessoa segurando um raio x
Ação judicial pede mais de meio milhão de reais em indenizações e pensão mensal para Diogo. (Foto: Reprodução/Internet)

Após desenvolver a síndrome do pé caído devido a um erro médico durante uma cirurgia de coluna, Diogo Fagundes Nunes, de 42 anos, recorreu à Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). A ação judicial solicita R$ 600 mil em indenizações e uma pensão mensal de R$ 1.892,71.

Diogo Fagundes Nunes, de 42 anos, está processando o Hospital Santa Mônica e o Município de Aparecida de Goiânia, alegando ter desenvolvido a síndrome do “pé caído” após um erro médico em uma cirurgia de coluna realizada em agosto de 2023. Representado pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), Diogo busca reparação judicial devido à falha na prestação de serviços de saúde.

A síndrome do “pé caído” compromete a capacidade de andar e levantar a parte anterior do pé, resultando em uma deficiência permanente para Diogo. Amigos o incentivaram a buscar reparo judicial, levando-o a procurar a DPE-GO. “Por ser um cidadão trabalhador, procuro na Justiça o amparo e a dignidade de poder fazer o tratamento”, explicou Diogo.

Em 2 de julho, a Defensoria Pública protocolou uma ação de indenização por danos morais, materiais e estéticos contra o Hospital Santa Mônica e o Município de Aparecida de Goiânia. A petição solicita R$ 500 mil por danos morais e R$ 100 mil por danos estéticos, além de uma pensão mensal de R$ 1.892,71, valor equivalente ao salário que Diogo recebia antes da cirurgia.

Impossibilitado de trabalhar, Diogo necessita de acompanhamento médico e fisioterapêutico permanente devido à irreversibilidade da lesão. Ele lamenta a situação: “Fui fazer uma cirurgia e hoje sou PCD! Fui retirar as hérnias e fazer a artrodese e não fazer cirurgia para ficar deficiente”.

Felipe Takayassu, defensor público responsável pelo caso, argumenta que houve uma clara falha no serviço público de saúde. Ele afirma que tanto o hospital quanto o município devem ser responsabilizados pelo mau funcionamento e falta de cuidado, que resultaram em danos irreparáveis ao paciente.

Início do caso

No dia 28 de agosto de 2023, Diogo passou por uma cirurgia de artrose lombar para remover o núcleo pulposo do disco intervertebral no Hospital Santa Mônica. Em 11 de setembro, ao retornar ao hospital para a retirada dos pontos, foi constatado que um dos parafusos havia sido colocado incorretamente, resultando em lesão óssea e nervosa.

Diogo relatou as dificuldades resultantes da lesão: “Eu usava minha moto para trabalhar! Hoje não posso, pois meu pé não passa a marcha, perdeu a dorsiflexão. Não posso chutar uma bola, brincar com meu filho ou dançar com minha esposa. Mudei minha marcha, meu andar, e as pessoas me perguntam se tive AVC”.

Para corrigir o problema, Diogo passou por uma nova cirurgia em 13 de setembro, através do Sistema Único de Saúde (SUS), mas sem resultados satisfatórios. “Tenho família para sustentar, e estou pagando sozinho pelo tratamento. Não aguento sentar, logo começo a sentir dor, andando manco, tropeço e caio. Estou usando órtese para firmar o pé e não ir ao chão”, comentou.

A artrose na coluna é um desgaste progressivo da cartilagem nas articulações da coluna. A síndrome do “pé caído” afeta a capacidade de levantar a parte anterior do pé devido à fraqueza ou paralisia dos músculos responsáveis por essa função.

O relatório fisioterapêutico anexado à petição confirma que Diogo sofreu lesão na raiz do nervo fibular, causando perda de força, atrofia muscular e dificuldade para andar. Ele também convive com dores crônicas na região lombar.

Diogo aguarda uma decisão judicial que lhe garanta dignidade no tratamento e melhor qualidade de vida. “Espero ter dignidade para pagar meu tratamento. Se eu parar, posso atrofiar ainda mais, segundo o fisioterapeuta”, pontuou.

A ação agora está em trâmite, e a Defensoria Pública espera que a Justiça reconheça a gravidade do caso e conceda a indenização solicitada, além de garantir a pensão mensal para que Diogo possa manter sua subsistência, considerando sua incapacidade para o trabalho.

O Portal Aparecida é feito aqui mesmo em Aparecida de Goiânia para nós Aparecidenses! Nos ajude divulgando para seus amigos, família e comunidade para que eles também fiquem bem informados com as notícias da nossa cidade!

Compartilhar!

Mais Opções
Escrito Por
Leia Mais Sobre