Na manhã desta segunda-feira (28), uma paciente causou grande alvoroço ao fugir nua do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa). Identificada apenas como portadora de uma tornozeleira eletrônica, a mulher foi vista atravessando o estacionamento da unidade sem trajes, gesticulando enquanto caminhava. A situação foi registrada por populares e rapidamente repercutiu nas redes sociais.

A fuga inusitada aconteceu sob circunstâncias ainda não explicadas pela unidade de saúde. Segundo testemunhas que trabalham nas proximidades do hospital, a mulher estava acompanhada por outra pessoa no momento da saída, descrita como uma mulher grávida. Nenhuma medida de contenção foi realizada, e a paciente conseguiu deixar o local sem impedimentos.

No entanto, a situação tomou um rumo ainda mais inesperado quando a paciente retornou ao hospital pouco tempo depois. Segundo relatos de testemunhas, ela reapareceu com uma garrafa de vidro nas mãos e com ferimentos visíveis nos braços e mãos, aparentando estar desorientada e visivelmente agitada.

Contexto da fuga e retorno

Vídeos registrados por pessoas que estavam no hospital mostram a paciente circulando no estacionamento, visivelmente descomposta. Segundo relatos de funcionários, a mulher teria, em um primeiro momento, se afastado da unidade sem maiores intercorrências. No entanto, o retorno com uma garrafa em mãos e ferimentos sugeriu um agravamento de seu estado de saúde e causou preocupação entre os presentes.

De acordo com um dos trabalhadores da área, a paciente parecia estar em estado de descontrole e usava a garrafa de vidro de forma ameaçadora. O que motivou essa ação ou o comportamento exibido ainda não foi esclarecido oficialmente, mas testemunhas indicam que a situação foi tensa. “Ela voltou correndo com uma garrafa de vidro na mão e estava toda cortada”, relatou uma pessoa presente no local.

Medidas de segurança no hospital

O Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada não se manifestou sobre o ocorrido até o momento. Não foi informado se a unidade conta com um protocolo específico para lidar com pacientes em situação de vulnerabilidade, especialmente aqueles que utilizam tornozeleiras eletrônicas, sugerindo algum tipo de supervisão judicial.

Em hospitais de atendimento emergencial como o Heapa, é comum que medidas de segurança adicionais sejam aplicadas para evitar episódios de fuga ou descontrole dos pacientes. No entanto, este caso específico levanta questionamentos sobre a adequação dos sistemas de segurança empregados na unidade e a maneira como o atendimento foi conduzido.

Alerta para saúde e segurança pública

O ocorrido coloca em evidência a complexidade dos atendimentos realizados em hospitais públicos, que atendem muitas vezes pacientes em situações de vulnerabilidade ou com histórico de judicialização. Situações como essa evidenciam a necessidade de uma abordagem interligada entre segurança pública e saúde, principalmente em unidades de emergência com alto fluxo de atendimento.

Por ora, a comunidade aguarda por uma resposta oficial do hospital sobre as circunstâncias da fuga e o que será feito para evitar casos semelhantes no futuro. A situação reforça o debate sobre protocolos de atendimento e segurança em ambientes de saúde pública, onde muitos profissionais enfrentam desafios para equilibrar os cuidados médicos e as medidas preventivas de segurança.