A morte de dois estudantes em Aparecida e Goiânia, vítimas suspeitas de gripe H1N1, elevou o alerta para a importância da vacinação contra a influenza no estado. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) destacou a necessidade de ampliar a cobertura vacinal, que está abaixo do ideal recomendado pelo Ministério da Saúde.

Neste mês de outubro, a morte de dois estudantes em Goiás, com suspeitas de gripe H1N1, aumentou a preocupação em torno da prevenção da doença. Os casos ocorreram em Aparecida e Goiânia, levando a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) a reforçar a importância da vacinação contra a influenza. Segundo o órgão, a cobertura vacinal no estado atinge apenas 44,91%, bem abaixo da meta de 90% indicada pelo Ministério da Saúde.

A primeira vítima foi uma adolescente de 12 anos, que faleceu em Goiânia no dia 13 de outubro, e a segunda foi um menino de 5 anos, que morreu dois dias depois, em 15 de outubro, em Aparecida de Goiânia. Na escola onde o garoto estudava, um surto de H1N1 foi confirmado, com 25 casos identificados entre alunos, funcionários e parentes.

A Secretaria de Saúde está investigando os surtos em duas escolas em Goiânia e uma em Aparecida de Goiânia, enquanto aguarda a conclusão dos exames que confirmem se as mortes foram causadas pela gripe. Consoante a secretaria do Estado, o período de sazonalidade da gripe, favorecido pelas mudanças bruscas de temperatura e o clima de outono, é um momento crítico para a circulação do vírus.

O secretário de saúde enfatizou a importância da conscientização da população sobre a vacinação, destacando que ela é o meio mais eficaz de proteção contra a gripe. Ele alertou que o risco é significativamente maior para aqueles que não estão imunizados, principalmente em casos que evoluem para quadros graves da doença, conforme ressaltado durante uma coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira, 18 de outubro.

A vacina contra a influenza está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde dos 246 municípios de Goiás e é oferecida para toda a população acima de 6 meses de idade. A campanha de vacinação, que iniciou em 30 de abril, visa reduzir a circulação do vírus e evitar mortes que poderiam ser prevenidas.

Além da vacinação, a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) emitiu orientações para escolas e creches, recomendando medidas preventivas, como o uso de máscaras, a higienização constante das mãos e o isolamento de pessoas com sintomas gripais. A superintendência de Vigilância em Saúde também reforçou a importância de procurar atendimento médico imediato em casos de sintomas mais graves, como febre persistente, tosse e dificuldade para respirar.

Até o momento, Goiás registrou 6.044 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), das quais 15% foram causadas por influenza, resultando em 595 mortes, principalmente entre pessoas acima de 50 anos.