O combate à dengue ganhou um reforço importante em Goiás. Com foco especial em Aparecida e Goiânia, o Ministério da Saúde anunciou, na última terça-feira (08), novas medidas para enfrentar o avanço da doença. O motivo? Só em 2024, o estado registrou um salto de 394% nos casos. Para frear esse crescimento, o governo vai apostar em tecnologia, mudanças no atendimento e ações mais eficazes de vacinação.

O cenário é preocupante em todo o país. Foram mais de 3 milhões de casos confirmados no ano. Em Goiás, só Aparecida e Goiânia somaram mais de 65 mil. Mesmo com uma leve queda em relação ao ano anterior, os números ainda acendem um alerta para a Secretaria de Estado da Saúde.

Para enfrentar essa situação, o Ministério escolheu 80 cidades com maior risco para receber apoio imediato. Entre as ações, está o envio de 1.260 aparelhos UBV, que melhoram a aplicação de inseticida. Esses equipamentos devem chegar até o fim de abril.

Além disso, mudanças no atendimento médico estão a caminho. O “Guia da Enfermagem para Arboviroses” foi criado para dar mais autonomia aos enfermeiros na identificação e tratamento rápido dos pacientes. A ideia é agilizar o diagnóstico, especialmente nas unidades de urgência, evitando complicações graves nos casos mais críticos.

A vacinação também será reforçada. O governo pretende monitorar os estoques e mapear as regiões com menor adesão às campanhas de imunização. Com isso, serão desenvolvidas estratégias personalizadas por bairro, priorizando áreas mais vulneráveis. Em Aparecida de Goiânia, agentes de saúde receberão um guia especial para visitas domiciliares, com orientações para identificar quem não foi vacinado ou apresenta sintomas da doença.

Enquanto isso, outras regiões do Brasil estão testando um modelo experimental chamado “Manejo Clínico Sindrômico”. Ainda em fase inicial, ele busca detectar precocemente os sintomas da dengue e garantir tratamento imediato. Caso os resultados sejam positivos, há expectativa de expansão para Goiás.

Com todas essas iniciativas – tecnologia moderna, atendimento mais ágil, vacinação direcionada e atuação comunitária –, o governo espera diminuir os impactos da dengue em 2025 e impedir que a doença continue avançando. É um esforço concentrado e urgente, com foco em salvar vidas e proteger comunidades.