Homem espancado e queimado por dono de supermercado e funcionários falece em Aparecida de Goiânia

Foto censurada do acusado de furto que foi queimado por dono de supermercado.
Dono de supermercado ganha liberdade após prisão por tortura de suspeito de furto. (Foto: TV Anhanguera)

Na manhã desta terça-feira (10), um homem de 28 anos faleceu após ter sido espancado e queimado vivo pelo dono de um supermercado e três de seus funcionários em Aparecida de Goiânia. O crime, que ocorreu na última sexta-feira (6), teria sido motivado pela acusação de furto de uma sandália no estabelecimento.

Segundo a Polícia Civil, os suspeitos confessaram o crime. Eles alegaram que a vítima foi flagrada furtando uma sandália e, em resposta, foi espancada com uma barra de ferro e, em seguida, teve álcool jogado sobre o corpo antes de ser incendiada. Após a violência, o homem foi abandonado em uma área rural do distrito de Nova Fátima, em Hidrolândia.

Resgate e internação

Apesar dos ferimentos graves, a vítima conseguiu se arrastar até uma fazenda nas proximidades, onde pediu ajuda a um morador. O fazendeiro acionou imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar. O homem foi levado em estado crítico ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, onde foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), respirando com a ajuda de aparelhos. No entanto, devido à gravidade dos ferimentos e das queimaduras, ele faleceu na manhã desta terça-feira.

Investigação e prisões

Os quatro envolvidos – o proprietário do supermercado e três funcionários – foram presos pela polícia. Segundo o delegado Adriano Jaime, responsável pelo caso, os suspeitos inicialmente confessaram o crime aos policiais, mas permaneceram em silêncio durante o auto de prisão em flagrante.

Após audiência de custódia, um dos funcionários foi liberado, enquanto os demais tiveram a prisão preventiva decretada e seguem detidos, sendo investigados agora por homicídio qualificado. O delegado afirmou que as circunstâncias indicam clara intenção de matar, uma vez que a vítima foi espancada e queimada, além de ser abandonada em uma área rural isolada, o que dificultou sua possibilidade de sobrevivência.

Alegações da defesa

O advogado dos suspeitos, Márcio de Andrade, lamentou publicamente a morte da vítima e afirmou que a empresa cogita oferecer ajuda financeira à família. A defesa também alegou que a vítima estava armada com uma faca no momento do suposto furto e que teria ferido um dos funcionários durante a ação. Contudo, até o momento, a Polícia Civil afirmou não haver registros dessas alegações nos autos da investigação.

Em nota, o advogado disse: “A empresa lamenta profundamente a morte do senhor Daniel e vai prestar assistência financeira à família. Reiteramos, no entanto, que a vítima já possuía antecedentes criminais, sendo flagrada portando uma faca durante o roubo de diversos itens do estabelecimento. As informações serão devidamente comprovadas nos autos do processo.”

Histórico da vítima

Segundo o boletim de ocorrência, o homem já havia sido preso anteriormente por roubo e estava em monitoramento por tornozeleira eletrônica desde março deste ano. A Polícia Civil destacou que, mesmo com o histórico criminal da vítima, as ações dos suspeitos caracterizam homicídio qualificado, uma vez que as agressões foram intensas e o abandono em uma área rural isolada demonstrou a intenção de matar.

Continuidade das investigações

Com a morte da vítima, a Polícia Civil intensificou as investigações para entender todos os detalhes do crime. A expectativa é que os três envolvidos presos sejam processados por homicídio qualificado, enquanto o funcionário liberado pode ser indiciado por outros crimes, caso sua participação no caso seja comprovada.

O delegado Adriano Jaime reforçou que as investigações estão em andamento e que o inquérito deverá apurar todas as circunstâncias envolvendo o espancamento e a morte. “A intenção era clara: matar a vítima, espancando e queimando-a viva, além de abandoná-la em um local onde as chances de sobreviver eram mínimas”, explicou o delegado.

Repercussão do caso

O crime chocou a comunidade local e gerou grande repercussão nas redes sociais. Diversos grupos e ativistas pedem justiça pela morte da vítima e a responsabilização dos envolvidos. Ao mesmo tempo, o caso levanta discussões sobre a violência e os métodos utilizados por indivíduos para lidar com pequenos furtos em estabelecimentos comerciais.

Os familiares da vítima ainda não se pronunciaram oficialmente, enquanto a comunidade de Aparecida de Goiânia acompanha de perto o desenrolar do caso.

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