Dono de supermercado em Aparecida de Goiânia acusado de tortura é solto após atraso no inquérito
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O empresário E.F.R., dono de um supermercado em Aparecida de Goiânia, foi solto na última quinta-feira (19) após a Justiça aceitar o pedido de relaxamento da prisão preventiva. A decisão foi baseada em um parecer favorável do Ministério Público, que considerou que a Polícia Civil excedeu o prazo para a conclusão do inquérito que apura a tortura e morte de um homem suspeito de furto no estabelecimento. O crime chocante ocorreu no dia 9 de setembro de 2024, quando a vítima, que ainda não teve a identidade revelada, foi espancada e incendiada viva, falecendo no dia seguinte em um hospital.
O crime
Segundo as investigações da Polícia Civil de Goiás, a vítima, que usava tornozeleira eletrônica e possuía antecedentes criminais, foi flagrada tentando furtar sandálias do supermercado. Após ser pega, foi levada para os fundos do estabelecimento, onde sofreu uma sessão de espancamento, sendo agredida com socos, pontapés e uma barra de ferro. Após a violência física, o dono do supermercado e dois de seus funcionários jogaram álcool na vítima e atearam fogo nela.
Com 80% do corpo queimado, o homem foi colocado na caçamba de um carro e levado para uma área rural no município de Hidrolândia, distante cerca de 40 km de Aparecida de Goiânia, onde foi abandonado à beira de uma estrada. Contudo, o homem conseguiu se arrastar até uma propriedade rural, onde pediu ajuda. Ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.
Investigação e prisão dos suspeitos
Antes de morrer, a vítima conseguiu gravar um depoimento com os socorristas do Samu, relatando que havia sido agredido por quatro homens, incluindo o proprietário e os funcionários do supermercado. O relato foi fundamental para a prisão em flagrante do dono do supermercado e dos outros envolvidos, autuados por homicídio qualificado e tortura.
Após a prisão, a Polícia Civil iniciou as investigações para apurar todos os detalhes do caso. O delegado responsável, Adriano Jaime, informou que a vítima tinha antecedentes por pequenos furtos e que, no momento do crime, usava tornozeleira eletrônica. “Após tentar furtar o supermercado, ele foi levado pelos suspeitos para o fundo da loja, onde sofreu agressões violentas. Após jogarem álcool nele, atearam fogo e o abandonaram em uma área isolada”, relatou Jaime.
Os quatro suspeitos foram presos em flagrante e tiveram suas prisões convertidas em preventivas. No entanto, E.F.R., o proprietário do supermercado, teve a prisão relaxada devido ao atraso na conclusão do inquérito, enquanto seus funcionários permanecem detidos.
Defesa e relaxamento da prisão
O pedido de relaxamento da prisão preventiva foi feito pela defesa de E.F.R., que argumentou que a Polícia Civil ultrapassou o prazo legal para finalizar o inquérito. Diante disso, o Ministério Público emitiu um parecer favorável à soltura do empresário, que foi concedida na última quinta-feira (19). O alvará de soltura foi expedido e está em processo de cumprimento.
Mesmo com a soltura, E.F.R. segue respondendo ao processo por homicídio qualificado, e o caso continua sendo investigado. O delegado Adriano Jaime destacou que o inquérito está em andamento e que todas as circunstâncias do crime serão apuradas. “Estamos trabalhando para garantir que a justiça seja feita, considerando a gravidade do crime cometido”, afirmou.
Repercussão e detalhes do crime
O caso gerou grande repercussão em Aparecida de Goiânia e na região metropolitana de Goiânia devido à brutalidade do crime. Além das acusações de tortura e homicídio qualificado, os suspeitos também podem responder por ocultação de cadáver, caso seja confirmado que houve tentativa de esconder o corpo da vítima.
O supermercado onde o crime ocorreu permanece funcionando, mas enfrenta forte pressão da comunidade local, que pede justiça para a vítima. O caso continua sob investigação e a Polícia Civil continua analisando detalhes sobre a participação dos outros envolvidos.
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