A Prefeitura de Aparecida de Goiânia realiza, até sexta-feira (22), a exposição “Um olhar pela igualdade” no saguão da Cidade Administrativa Maguito Vilela. A iniciativa, organizada pelas Coordenadorias de Igualdade Racial e de Direitos Humanos, celebra o Dia da Consciência Negra com um olhar sensível e reflexivo sobre a diversidade cultural e étnica da cidade. A entrada é gratuita.

A exposição “Um olhar pela igualdade” propõe uma reflexão profunda sobre a pluralidade cultural de Aparecida de Goiânia. A mostra é composta por fotografias que destacam a identidade de grupos étnicos diversos, como pessoas pretas, quilombolas, indígenas, adeptos de religiões de matriz africana e membros da comunidade LGBTQIAPN+. Aberta desde terça-feira (19), a exposição foi inaugurada com apresentações culturais e segue disponível ao público até sexta (22), das 8h às 17h30.

A iniciativa integra as ações promovidas pela Prefeitura em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Segundo a Secretaria de Articulação Política, responsável pela organização do evento, a exposição visa valorizar as pessoas que compõem a rica diversidade de Aparecida e fomentar a inclusão por meio da arte e da cultura.

Representatividade e reflexão

As imagens que compõem a mostra são do acervo da Prefeitura e da fotógrafa Ariana Tozzatti, que ressaltou a importância de capturar a força e o empoderamento presente em cada fotografia. Para ela, a exposição vai além da estética, sendo uma ferramenta de conscientização e valorização das histórias de cada retratado.

O coordenador de Igualdade Racial e Direitos Humanos, André Luiz Barbosa, reforçou a relevância de promover ações que deem visibilidade à pluralidade cultural e às demandas de diferentes comunidades. Ele destacou que Aparecida, com mais de 500 mil habitantes, reflete a diversidade brasileira em sua essência, e é fundamental que essa riqueza seja reconhecida e celebrada.

Dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforçam esse cenário multicultural. Na cidade, 58,2% da população se declara parda, 10,6% preta, 30,8% branca e 0,3% amarela. Além disso, Aparecida abriga uma comunidade quilombola de 774 pessoas e um grupo de 1.083 indígenas.

Abertura com ações culturais

A cerimônia de abertura foi marcada por apresentações que valorizam as tradições afro-brasileiras e indígenas. O público foi recebido com músicas de roda de capoeira e cânticos umbandistas, promovendo um ambiente de celebração e reflexão. Mestres capoeiristas e líderes das comunidades representadas estiveram presentes, reafirmando a importância da preservação cultural.

Para Mestre Dragão, líder do quilombo urbano da Vila Delfiore, a exposição simboliza um marco ao dar espaço e voz às comunidades historicamente marginalizadas. Ele destacou que levar essas culturas para o centro administrativo da cidade representa um passo importante na luta por igualdade e reconhecimento.

Próximo destino

Após o encerramento na Cidade Administrativa, a exposição será transferida para o Aparecida Shopping, onde ficará disponível entre os dias 25 e 27 de novembro. A mudança de local tem em vista ampliar o alcance do evento e permitir que mais pessoas tenham acesso à experiência.

A Secretaria de Articulação Política reforçou que a exposição não apenas celebra o Dia da Consciência Negra, mas também convida a sociedade a refletir sobre os desafios e avanços na promoção da igualdade racial e social.

Impacto na Educação

A mostra também recebeu grupos escolares, como parte de uma iniciativa para envolver crianças e adolescentes na discussão sobre diversidade e respeito. Professores e alunos interagiram com as imagens e compartilharam impressões sobre as histórias por trás das fotografias, criando um ambiente educativo e participativo.

A exposição “Um olhar pela igualdade” se apresenta como um importante marco cultural para Aparecida, destacando a força de sua multiculturalidade e os desafios enfrentados por diversas comunidades. Mais do que uma celebração, a iniciativa busca inspirar mudanças e construir pontes para uma sociedade mais justa e inclusiva.