Crise no HMAP: Dívida de R$ 50 milhões ameaça serviços em Aparecida
- Publicado em
- atualizado em 28/01/2025 às 23:29
O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Íris Rezende Machado (HMAP) enfrenta uma grave crise financeira. A Prefeitura acumula uma dívida de R$ 50 milhões com a entidade gestora, a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein (SBIBAE). Sem receber repasses desde janeiro de 2024, o hospital pode suspender serviços não emergenciais caso a situação não seja regularizada.
A crise financeira que ameaça o funcionamento do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Íris Rezende Machado (HMAP) ganhou novos capítulos nesta semana. A gestora da unidade, Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein (SBIBAE), informou que a Prefeitura de Aparecida acumula uma dívida de R$ 50 milhões, referente a repasses atrasados desde janeiro de 2024.
A SBIBAE divulgou um ofício solicitando a regularização urgente dos valores pendentes para evitar um colapso nos serviços. Segundo a entidade, se os repasses não forem realizados até quinta-feira, 5 de dezembro, o hospital será obrigado a suspender parte dos atendimentos, mantendo apenas casos de urgência. Desde sua inauguração em junho de 2022, o HMAP já realizou mais de 223 mil consultas e se tornou referência em saúde pública para a população de Aparecida e região.
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, em nota, informou que repassou R$ 5 milhões nesta semana à SBIBAE e prometeu novos pagamentos nos próximos dias. O município afirmou ainda que aguarda repasses do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, para completar a regularização financeira. Segundo a Secretaria da Fazenda, o atraso nos repasses é reflexo de um período de transição administrativa, que exige maior cautela na gestão dos recursos públicos.
Apesar dessas iniciativas, a situação financeira do hospital permanece delicada. O HMAP desempenha um papel essencial no atendimento à saúde pública em Aparecida, especialmente diante do crescimento populacional da cidade. A unidade oferece serviços variados e de alta complexidade, que agora estão sob risco de paralisação parcial.
A falta de repasses levanta questionamentos sobre a gestão de recursos públicos e a responsabilidade da administração municipal em garantir o pleno funcionamento dos serviços essenciais. Ao mesmo tempo, a dependência de contrapartidas do Governo Federal para resolver problemas locais evidencia a necessidade de uma gestão financeira mais eficiente.
Enquanto a população aguarda uma solução, o futuro do HMAP permanece incerto. A continuidade dos serviços depende de ações rápidas e coordenadas entre os entes responsáveis, sob pena de comprometer o atendimento de milhares de pessoas que dependem da unidade para cuidados de saúde.
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