No domingo passado (30), Aparecida de Goiânia deu um passo importante na promoção da igualdade racial ao sediar a IV Conferência Municipal. Foi um dia repleto de histórias e trocas, onde diferentes vozes se reuniram no Anfiteatro Cantor Leandro para debater caminhos que nos aproximem de uma sociedade mais justa e livre do racismo.

Com o tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”, o evento trouxe uma estrutura organizada em três eixos principais: Democracia, Justiça Racial e Reparação. Esses pilares guiaram conversas profundas que refletiram diretamente os desafios enfrentados no cotidiano de muitas pessoas. Desde a ampliação da representatividade em cargos de poder até justiça climática e questões de saúde e educação específicas para as comunidades negras, cada assunto revisitou desafios reais e urgentes.

Mas o evento não foi somente sobre problemas. Foi um espaço para soluções. Imagine o impacto de promover políticas públicas que reconheçam as particularidades de comunidades tradicionais, como quilombolas e ciganos, ou de criar iniciativas voltadas para garantir renda justa e combater a violência que atinge, desproporcionalmente, as mulheres negras. Essas e outras ideias ganharam forma em um relatório final, fruto da colaboração entre os participantes.

O que tornou tudo ainda mais especial foi o protagonismo das comunidades. Quilombolas, povos de matriz africana, originários e ciganos ocuparam seu espaço de fala, compartilhando vivências e ajudando a construir propostas enraizadas na realidade de quem enfrenta, no dia a dia, os desafios da exclusão social.

Ao final, o sentimento era de avanço e esperança. A conferência não foi apenas um marco local, ela colocou Aparecida de Goiânia à frente no cenário estadual e nacional. A cidade mostrou que está comprometida em transformar as reivindicações históricas em ações concretas, liderando pelo exemplo e inspirando outras localidades a seguirem o mesmo caminho.

É claro que a caminhada rumo à igualdade racial ainda é longa. Mas eventos como esse provam que o futuro pode ser construído coletivamente, com diálogo, escuta e vontade de mudar. Você consegue imaginar os impactos positivos que isso pode trazer para nossa sociedade?